15 de junho de 2025
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'TITANS FAKE'

Laysa Peixoto se pronuncia após Nasa negar vínculo com voo espacial

A jovem afirmou estar recebendo ataques e ameaças desde que o caso veio à tona

A jovem Laysa Peixoto, de 22 anos, falou publicamente pela primeira vez na 5ª feira (12.jun.25).

O pronunciamento ocorreu dias após a Nasa negar qualquer vínculo com a mineira.

Ela havia se apresentado como a primeira astronauta brasileira selecionada para uma missão espacial.

A afirmação foi feita por meio de suas redes sociais, onde dizia integrar um voo da Titans Space.

Após a repercussão, Laysa excluiu seu perfil no LinkedIn.

Nos stories do Instagram, ela respondeu às críticas e explicou sua versão dos fatos. “Diante das informações que têm circulado ao meu respeito, tenho que mostrar para vocês qual foi o meu anúncio”, disse.

Segundo Laysa, sua publicação original jamais foi alterada.

Ela afirma que nunca mencionou a Nasa como responsável por sua seleção. “Deixo claro na minha publicação que foi a única declaração. Quem me selecionou como astronauta de carreira foi uma empresa privada chamada Titans Space". 

“Em nenhum momento da minha declaração cito que a Nasa foi responsável pela seleção para esse voo de 2029”, afirmou.

Ela diz que a menção à Nasa se limitou ao comandante da missão. “Somente mencionei a agência ao falar do comandante, que é um astronauta veterano da Nasa". 

Laysa reforçou que sua seleção teria ocorrido exclusivamente por meio da Titans Space. “O programa do qual faço parte é privado. O voo inaugural está previsto para 2029”, concluiu.

A jovem também afirmou estar recebendo ataques e ameaças desde que o caso veio à tona.

Agradeceu ainda o apoio de seguidores nas redes sociais.

O caso começou após Laysa afirmar que representaria o Brasil em futuras missões para o espaço.

Ela dizia atuar na linha de frente de uma nova fase da exploração espacial.

Segundo seu antigo perfil no LinkedIn, ela teria atuado na Nasa aos 19 anos.

Dizia também ter feito parte de iniciativas acadêmicas no MIT, na Columbia e na Sociedade Max Planck.

Essas informações foram questionadas por veículos de imprensa e desmentidas por instituições citadas.

A Nasa declarou que o programa L’Space, citado por ela, é apenas um workshop estudantil.

Não é considerado um estágio ou trabalho oficial na agência.

Segundo a Nasa, “seria inapropriado reivindicar afiliação” com base em participação nesse programa.

A agência também afirmou não ter vínculo com a empresa Titans Space.

A FAA, que regula voos espaciais comerciais nos EUA, não reconhece a Titans como autorizada para missões tripuladas.

Até o momento, nem Laysa nem a Titans Space responderam formalmente às solicitações da imprensa.

O debate reacende a discussão sobre verificação de informações e uso de nomes de instituições científicas nas redes sociais.